sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Arte de Fazer Sorrir


Os carros estão passando apressados.
Um palhaço arranca o riso de uma platéia inteira. Faz a alegria de todas as crianças que não o temem.
A faixa está ali.
Um comediante consegue tirar do seu público diversos momentos de gargalhada, seja com o teatro cheio, vazio ou com metade da lotação.
Também faz rir todo aquele que conta uma piada interessante no almoço, no jantar, no lanche ou em conversas descontraídas.
Uma multidão vai se aglomerando.
Um desatento que acerta o rosto no orelhão deixa algumas pessoas com sorriso no rosto, outras segurando para não rir e, consequentemente, também deixa pessoas rindo, aquelas que nunca conseguem se segurar.
Uma comédia atende seu objetivo quando seus telespectadores a acham engraçada, se divertem com ela e não perdem a oportunidade de dar boas gargalhadas.
Algumas pessoas atravessam a rua se esquivando dos carros que passam acelerados.
A primeira risada do filho deixa os pais boquiabertos e, por reflexo, sorrindo também.
Algumas encenações, para que sejam bem feitas, necessitam que os atores estejam com o sorriso nos lábios, mesmo não condizendo com a realidade.
Um filho esperado, ao nascer com vida, traz felicidade aos pais... E como essa felicidade é mostrada?
Aqueles que saem vitoriosos, do mesmo modo, descobrem a arte de sorrir.
E num mundo conturbado e desvirtuado como o nosso...
Um veículo pára diante da faixa.
A senhora se põe a atravessar e esboça um leve sorriso de agradecimento....
A arte de fazer sorrir se transmite em gestos quase imperceptíveis.

3 comentários:

  1. A arte de descrever o trivial é tão nobre quanto a própria vida.
    Parabéns xD.

    ResponderExcluir
  2. Já tinha lido esse texto e ainda assim, ele me prende do início ao fim com a mesma vontade de ler e de imaginar as cenas descritas no mesmo.
    Parabéns por mais um ótimo texto, Roberta! Seu fã número um aguarda os próximos textos! *-*

    ResponderExcluir
  3. Boa arte...Simplesmente bonito! Parabéns!

    ResponderExcluir