sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Arte de Fazer Sorrir


Os carros estão passando apressados.
Um palhaço arranca o riso de uma platéia inteira. Faz a alegria de todas as crianças que não o temem.
A faixa está ali.
Um comediante consegue tirar do seu público diversos momentos de gargalhada, seja com o teatro cheio, vazio ou com metade da lotação.
Também faz rir todo aquele que conta uma piada interessante no almoço, no jantar, no lanche ou em conversas descontraídas.
Uma multidão vai se aglomerando.
Um desatento que acerta o rosto no orelhão deixa algumas pessoas com sorriso no rosto, outras segurando para não rir e, consequentemente, também deixa pessoas rindo, aquelas que nunca conseguem se segurar.
Uma comédia atende seu objetivo quando seus telespectadores a acham engraçada, se divertem com ela e não perdem a oportunidade de dar boas gargalhadas.
Algumas pessoas atravessam a rua se esquivando dos carros que passam acelerados.
A primeira risada do filho deixa os pais boquiabertos e, por reflexo, sorrindo também.
Algumas encenações, para que sejam bem feitas, necessitam que os atores estejam com o sorriso nos lábios, mesmo não condizendo com a realidade.
Um filho esperado, ao nascer com vida, traz felicidade aos pais... E como essa felicidade é mostrada?
Aqueles que saem vitoriosos, do mesmo modo, descobrem a arte de sorrir.
E num mundo conturbado e desvirtuado como o nosso...
Um veículo pára diante da faixa.
A senhora se põe a atravessar e esboça um leve sorriso de agradecimento....
A arte de fazer sorrir se transmite em gestos quase imperceptíveis.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Curta-Metragem: Elo de Ligação

Você se lembra quando o fim parecia impossível?

Não é fácil lidar com a separação; com o vazio deixado por alguém que se vai, independente da relação estabelecida. Esse é o tema de "Elo de Ligação". O fim daquilo que parecia eterno. Como reagir a isso?

Escrito por Marcella Machado, tive o prazer de ser chamada para participar desse projeto.

Confira:

E essa foi a minha primeira participação em um curta-metragem...

Veja pelo YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=o7EJjamH9Jk

sábado, 15 de agosto de 2009

Descoberta do Dia:


Não sou uma completa inútil na cozinha, ao menos, sei fazer gelo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Influenza A(H1N1).




Só para prevenir da "Gripe Suína"?!
E eu achando que eram princípios básicos de higiene...

Se tudo se resumisse a isso... Só porcos, no sentido estrito, se contaminariam.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dia do Advogado.


No dia 11 de Agosto comemora-se o Dia do Advogado.
E, ao contrário do que muitos irão pensar, não vou fazer um pronunciamente gigantesco sobre a profissão, nem dedicar meus escritos a todos os advogados do país. Até porque, se não fiz isso no Dia dos Pais, não será hoje que farei.

Só vim aqui para fazer um breve comentário:
No dia 11 de agosto de 2009, terça-feira, a Justiça Federal não teve expediente em "comemoração" ao dia do advogado.
O que de longe é algo feito em benefício aos advogados, pois, basta considerar que a Justiça Estadual, outro órgão no qual os advogados desempenham suas funções, teve o expediente normal.
Trocando em miúdos: No dia do advogado, quem se beneficia são os serventuários e magistrados da Justiça Federal.

Um feriado incoerente com um objetivo mais incoerente ainda...
Coisas de Brasil.

domingo, 9 de agosto de 2009

Politicagem.


O Presidente Lula não gosta de mim. Não posso afirmar isso com cem por cento de certeza, mas as chances de eu estar certa são muito grandes.
Primeiro ele me culpou pela crise no país, na seguinte declaração: “Não temos o direito de permitir que sejam os pobres, que viajam o mundo à procura de uma oportunidade, sejam os primeiros a pagar por uma conta feita pelos ricos. Nenhum negro e nenhum índio (desencadeou a crise). É uma crise causada e fomentada por comportamentos irracionais de gente branca de olhos azuis que, antes da crise, parecia que sabiam tudo e agora demonstram que não sabiam nada" (grifo meu). Fiquei um pouco constrangida, confesso que não sei o que fiz para causar tal problema; só fiquei insegura de dizer que não sabia de nada, porque poderiam dizer que estava plagiando nosso presidente, mas, confesso que não sabia mesmo.
Tentei procurar alguns amigos com as mesmas características que eu e descobri que não tenho nenhum que atenda os requisitos e que seja muito próximo para trocar idéias sobre essa culpa.
Cogitei, então, a possibilidade de ter um bate-papo com o presidente para esclarecer essa questão e, quem sabe, encontrar um meio de reverter aquilo que, sem saber como, quando ou porque, criei. Parto do pressuposto de que ele está certo, de que eu faço parte do grupo dos culpados, independente de qualquer coisa. Aliás, não só eu, como todo um grupo definido pelas mesmas questões de biotipo.
Não sei se ele foi preconceituoso, se teve embasamento fático ou o que levou em conta para proferir tal declaração. Só sei que fiquei estarrecida.
Mas, voltando ao assunto, pensei em conversar com o presidente. No entanto, seria deselegante chegar logo de cara perguntando "por que sou culpada pela crise?". Parece patético.
Resolvi pensar em um assunto interessante para falar, uma conversa preliminar, antes de debater política. Política?! Um assunto que sou meio fraquinha, mas, espero eu, que ele tenha maior conhecimento. Não importa.
Pensei em abrir a conversa falando de futebol. No entanto, sei pouquíssimas coisas sobre ese tema, ademais, torço para o Flamengo... Sou do interior do estado do Rio de Janeiro. É o time que mais sei. Ele, é Corinthiano. Se mal entendo do futebol carioca, o que dirá do paulista. O único fato marcante que sei, é que o Ronaldo está no Corinthians, mas, os dois andaram trocando farpas, imagino que não seria uma boa abordagem.
Talvez pudéssemos tomar uma cervejinha amiga. Talvez, porque eu não bebo. Não sei como reagiria a alguns copos. Fora isso, preciso dirigir meu próprio carro, o que seria fora de mão, visto que temos a Lei Seca. Sorte dele ter motorista.
Sobre o desarmamento, não daria. Ele era a favor, no referendo, eu fui contra.
Lula, em dados momentos, apoiou a Dilma e o Sarney. Eu descartava os dois. Ele parou de estudar na quarta série, eu, cheguei na Universidade e não lembro de muita coisa da quarta série.
Assuntos iam e viam na minha cabeça, mas, nada que fosse interessante ou que pudesse render uma boa abordagem.
Decidi me contentar, afinal, foi uma acusação de nada. As pessoas tem memória curta, logo esqueceriam.
A crise está aí, muitos dizem que não a vêem. Para evitar que me acusem de algo, fico quieta. Não sei qual é o meu nível de culpa nessa história toda e, nunca quiseram me esclarecer.
Quando eu relevei a situação, o presidente não ficou contente e me atacou de novo, dessa vez, me chamando de imbecil.
Deve fazer isso só porque é "O Cara" e eu sou "A Desconhecida". Não é possível. Só porque eu não apóio o bolsa família? Acusação injusta. Eu não apóio por motivos próprios, poderia explicar aqui, porém, ninguém quer me ouvir. Agora, quando falo isso, me chamam de imbecil logo de cara. Perdi a chance de falar, de expor minha opinião. Imbecil, sem direito a me justificar.
Achava que vivíamos na democracia representativa, onde elegemos um representante para defender os interesses do povo (nosso interesse).
Eu não votei no Lula, talvez, seja uma represália por causa disso... Como não votei nele, agora, o objetivo é macular minha imagem.
Por sorte, até o momento, só recebi indiretas. Acusações genéricas. De qualquer forma, começo a ficar preocupada.
Acho que estou no país errado. Não quero um representante que me ataca, aliás, que ataca uma parcela do povo... O povo que ele deveria representar. Tudo bem que estou falando de uma minoria.
Se ele me descobrir... E descobrir o que penso, vou dançar de verdade. Talvez seja exilada, imagino a manchete "Garota Imbecil, causadora da crise é expulsa do país por seu alto grau de periculosidade e olhos azuis".
Estou ficando assustada, acho que vou me esconder... Essa liberdade de expressão não está com nada não. Vou ficar quieta e... Desculpá-lo. Não deve ser proposital. Ele não deve me achar imbecil de verdade. Foi só um surto, por não saber bem o que falar na ocasião. Ou então, uma forma de melhorar sua campanha. Ele vive em campanha.
Vou relevar novamente.
Só espero que as acusações não subam de nível ou que se instaure uma perseguição. Se isso acontecer, realmente terei que fugir daqui.

Escrito em 9 de agosto de 2009.
Por Roberta Aline.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Fora, Barney!


Fora, Barney! ... Porque derrubar o Sarney está difícil!

Fora, Sarney!


Algumas pessoas foram até o Congresso Nacional, numa manifestação que pedia "Fora, Sarney!"



A pergunta que não quer calar: será que as máscaras são suficientes para protegê-los da maior doença que assola aquele lugar?
Sim, estou me referindo a corrupção.

Se não, eles deram sorte, porque de acordo com o G1, "o presidente da Casa chegou 15 minutos após o tumulto". Logo, os manifestantes não tiveram contato com ele que, sem dúvida, é um dos grandes propagadores da patologia, pois já envolveu a família inteira.

domingo, 2 de agosto de 2009

Eu não valho nada!


Estava passeando feliz pelas ruas, seguindo o caminho que me levaria até o teatro e, em um dado momento, uma mulher me abordou, querendo algum trocado. Eu não tinha nada. Só um pedaço de papel que valeria a minha entrada no stand-up do Felipe Andreoli, não serviria pra ela, mas, era "importante" para mim.
Pedi desculpas e falei que infelizmente não poderia ajudá-la. E qual foi a minha surpresa? Ela respondeu:
– Você não vale nada!
A entonação me assustou um pouco. A afirmação veio com veemência.
Preocupada pensei: "será que estou diante de uma vidente?".
Como alguém pode saber algo tão pessoal? Será que ela investigou minha vida?
Talvez ela saiba do carimbo que furtei quando tinha cinco ou seis anos de idade. Ou, quem sabe, daquele lápis laranja fluorescente que peguei emprestado e não devolvi (porque esqueci e acabei perdendo).
Fiquei muito confusa com a situação, até pensei em perguntar a ela porque me incriminava daquele jeito. Porém, mudei de idéia, fiquei com medo de que ela soubesse algo horrendo sobre a minha pessoa... Algo que até mesmo eu desconhecia.
Às vezes, é melhor ficar na nossa, ainda mais, quando a gente "não vale nada" e a pessoa que está a nossa frente diz isso com grande certeza.
Relevei, engoli a curiosidade e segui meu caminho. Talvez a ignorância tenha me salvado de um forte trauma.
Apesar disso, ainda fico olhando para os lados, temendo que ela esteja a minha espreita, olhando tudo que faço para, a qualquer momento, me voltar qualquer outra incriminação.

Porque agora, já sabem que eu não valho nada... E me falaram isso com a certeza de quem diz que a maçã é uma fruta.
Eu já imaginava, mas, nunca me disseram isso antes. É estranho.

Um Viva ao Mundo Virtual!


Um Viva ao Mundo Virtual!
(Vivaaaaaaaa!)

Cansei de procurar um lugar para poder escrever, ou melhor, que me permitisse escrever. Não deu em nada. Ninguém quis reconhecer minha falta de talento (porque só se pode reconhecer aquilo que se conhece). Por isso, resolvi criar meu próprio espaço.
Aqui, eu realmente mando e coloco o que eu quiser (se bem que, nem tanto, o sistema pode me sacanear quando quiser).
Mas, não importa, gritem comigo:

Um Viva ao Mundo Virtual!
(Vivaaaaaaaa!)

~ Entrando no anonimato (virtual) para disfarçar o anonimato (real) ~